A palavra explica?
As patas de nossos Cavalos Árabe nos levam a países distantes com
frequência cada vez maior. Saber falar alguma coisa das línguas diversas com
que nos deparamos pode ser uma questão de sobrevivência e também de gentileza.
Muitas vezes, no entanto, podemos passar por uma “saia justa”. Um exemplo é que
um homem nunca estará “embaraçado” na língua espanhola, ao passo que uma mulher
não necessariamente estará... grávida.
Vejam só que interessante: em espanhol, um floreiro é um vaso; um vaso
é um copo; uma copa é uma taça; uma tassa é uma xícara e a palavra xícara não existe!
Quando estiver na Bolívia, não use o exclamativo “Opa!” para uma pessoa:
significa que você a está chamando de tola, boba. Se na Alemanha, não banque o
engraçadinho e chame o garçom de “Oba”, a forma correta é “Herr Ober” – senhor
garçom - e eles são muito sensíveis sobre esta questão. Houve aquele pobre guia
turístico brasileiro que ciceroneou um grupo de torcedores numa Copa do Mundo
de Futebol e, dentro de uma cervejaria em Rothenberg, achou que era importante
instrui-los sobre isto. Já dá para imaginar que a ideia não foi muito feliz e
que o tiro saiu pela culatra, certo?
Se dentro de casa temos designações diferentes para a mesma coisa, como
aipim e mandioca ou bidê e criado-mudo ou mesinha de cabeceira, entre Brasil e
Portugal a confusão pode ser maior ainda. O escritor Mário Prata tem um livro
ótimo sobre o assunto e não só as diferenças que ele aponta entre o que se fala
nos dois países são curiosas como a forma, a maneira com que o autor descreve
as situações em que se meteu são engraçadíssimas. O “Schifaizfavoire, um Dicionário
de Português” pode ser de grande auxílio para quem gosta de ler manuais de
instrução de aparelhos elétricos e eletrônicos, que foram traduzidos na versão
lusa, uma vez que nele aprendemos, por exemplo, que “carregar” significa
apertar...
Caso uma pessoa de língua inglesa diga “I am going to be candid with
you...”, esteja preparado para a possibilidade de ouvir uma coisa que não vai
gostar. A tradução literal de “candid” é cândido(a), que nós podemos
interpretar como algo doce, suave, infantil, sem maldade (em São Paulo é
sinônimo de água sanitária!). Na verdade, significa que seu interlocutor vai
ser absolutamente sincero com você e provavelmente brutalmente honesto!
A palavra “exquisite” em inglês não significa esquisito(a) no sentido
que usamos de coisa diferente, estranha e se um expert - expierto(a) em
espanhol - do meio do Cavalo Árabe lhe disser que seu animal é “exquisite”, não
se ofenda: é um elogio! Elegante, requintado e primoroso se aplicam!
Tenham todos uma ótima exposição Nacional do Cavalo Árabe!
imagem: praticadapesquisa
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