Procurei a chave do escritório, achei a de casa e a do sítio. Uma moeda estrangeira, um brinco solitário, um batom esquecido. Tinha também um bilhete para mim mesma em código, que não soube decifrar. A foto 3X4 do marido de quando ele ainda tinha cabelo e não usava barba. Uma caneta que não escreve, lixa de unha, outro batom, protetor solar, protetor labial, amostra de perfume, pente... Como último recurso, joguei todo o conteúdo da bolsa na mesa. Cartão de crédito, cédula de identidade, carteira de motorista, óculos para longe, óculos escuros... Preciso ir à oculista... Celular e fio carregador... Mas a chave do escritório não estava ali. Daí, me lembrei deste livro.
de Joaquim Ferreira dos Santos
O autor é um observador ferino das coisas do dia-a-dia. Imaginem, então, quando ele resolve destrinchar as bolsas femininas. As crônicas reunidas são divertidíssimas. No sebo da CELPI tem a dez reais .
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