O CENÁRIO
Dia 25 de julho de 2019 nosso carro quebrou na estrada, voltávamos de São Paulo para o Rio pela Via Dom Pedro e o painel
avisou problema no alternador. Pelo telefone o mecânico aconselhou
que parássemos imediatamente. Entramos num Restaurante Frango Assado bem
a nossa frente. Estacionamos na sombra e começamos as ligações para o
serviço de auxílio do fabricante do carro e para a companhia de seguros. Por
fim, a Sul América foi nossa salvação: mandou um guincho e um carro com motorista
para nos levar ao Rio.
A CRISE
CFH precisava falar sobre negócios com a Bolívia e não
conseguia através do celular dele que é Claro. Depois de várias tentativas
tentamos o meu aparelho, sem sucesso, a mensagem era que eu não podia fazer ligações
para o exterior e nem podia passar um mero SMS. O tempo passava e a ligação internacional se tornava
mais e mais urgente. O motorista liberou o wi-fi dele e CFH resolveu seu problema.
Ao mesmo tempo, liguei para o Celso no haras, já que ele é o administrador da conta
empresarial do meu telefone, pedi que verificasse junto à Vivo o que
acontecia.
Ele retornou de imediato com a informação de que eu mesma
havia pedido o bloqueio do meu número. De jeito nenhum! E a empresa nunca
poderia ter feito isso, precisava ter passado pelo Celso! Em pouco tempo eu já
tinha a linha ok. A do CFH continuava muda.
Em casa, sãos e salvos, descobri que uma das nossas duas
linhas Oi fixas estava igualmente fora do ar. Por sorte não era a que traz o
serviço da Net!
Dia seguinte, CFH teve que ir a uma loja da Claro, pois ainda
estava desconectado.
No escritório de nossa empresa encontramos as duas linhas fixas também mudas.
Toca a reclamar com a Oi. Pediram dois dias para resolver o problema. Dois
dias? Fomos informados que a Chris teria pedido a suspensão dos serviços.
Mentira!
Finalmente eu me sentei à minha mesa para começar a pagar as
costumeiras contas e... Haviam retirado uma soma vultosa de nossa conta no banco
Santander. E não só isso: até mexeram nas nossas aplicações para poder atingir
o limite de crédito e retirar tudo o que era possível.
RAPOSA NO GALINHEIRO
Corremos ao banco e nossa gerente não estava. Recebeu-nos uma
outra pessoa. Despreparado para tratar com clientes e sem nos conhecer, após
fazer todas as verificações, disse que o banco ia investigar se não tinha havido
má fé de nossa parte! CFH teve que me segurar para eu não meter um soco na cara
do fulano. Descobrimos que o saque foi feito numa agência pequena do estado de São
Paulo e só houve procedimento errado: para fazer o saque de grande numerário,
o correntista precisa avisar com antecedência; havia assinatura de pelo menos três
gerentes autorizando a retirada na boca do caixa. Mostraram-nos cópia de uma folha
de cheque com a minha assinatura e com o mesmo número de outra que ainda estava
no meu talão! Cancelamos todos os cheques e colocamos a conta sem poder pagar
nenhum débito por dez dias. Uma dor de cabeça por causa das cobranças em débito
direto, mas fazer o quê?
Saímos dali direto para a delegacia de polícia registrar o
ocorrido. Fomos muito bem recebidos e soubemos que dos bancos o Santander é o
que tem o maior índice de fraudes. E em geral é em cima da última folha do talão
de cheques! Voltamos ao banco para entregar cópia do registro de ocorrência. Chocados!
Demorou uns dez dias para que o Santander retornasse o
principal em dinheiro para nossa conta e outros tantos para restituírem os
juros que haviam corrido pelo saque a descoberto.
ANTECEDENTES
Uma semana antes, nossa gerente ligou perguntando se eu
havia pedido uma retirada de 35 mil reais numa agência da Vale do Rio Doce no
Espírito Santo. Claro que não! Ela avisou à agência e sustou o saque. Disse que
registraria a tentativa de fraude ao departamento responsável — ou seja, mais
um erro do banco, que deveria ter deixado algum tipo de alerta sobre este fato para que não se repetisse.
Afinal, é só uma questão de colocar no sistema de computadores deles! Ou, ainda
seria erro do pessoal do Espírito Santo.
Pelo menos três vezes nos últimos meses recebi ligações do
Santander para “verificar” se eu havia emitido cheques para determinadas
pessoas. A resposta sempre foi negativa e a funcionária que telefonava cancelava
uma folha do meu talão. Um pouco antes do dia 25/07, me ligaram para saber se
eu realmente tinha um talão que ainda estava bloqueado. Confirmei e ela disse
que iria desbloquear. Eu pedi que não o fizesse, não havia necessidade. Muito
estranho!
CFH recentemente trocara de chip na Claro por causa de uma ligação estranha de um dito funcionário e ao ir à loja
resolver o problema do bloqueio do dia 25, descobriu que o chip antigo é que
estava funcionando!?!?
CONCLUSÕES
Vínhamos sendo visados, sondados e estávamos na mira dos bandidos já por
algum tempo. Há uma quadrilha organizadíssima que circula muito bem pelo
Santander e pelas companhias de telefones.
Daqui por diante, ao receber chamadas do Santander, devemos sempre ir resolver o caso com a
gerência diretamente.
Sair do banco também é uma opção, mas temos que considerar perder
dinheiro das aplicações.
Se gritar pega ladrão...
Se gritar pega ladrão...
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