Nos anos 1970, um caro amigo deixou comigo algumas poesias que acabaram esquecidas na gaveta de recordações. Compartilho-as aqui, já que não achei como devolvê-las. Vejam os anseios e pensamentos de um jovem há 39 anos.
PROJEÇÃO
Quantos são os guerreiros?
E quem são eles?
Filhos de Esparta, de Tebas,
de Atenas, de Roma ou de Atlântida?
O sangue tingiu o campo
onde dois exércitos se batiam,
onde espadas afiadas se
enterravam em músculos rígidos,
endurecidos e exercitados nas
batalhas, nas galeras, no tempo.
Agora somos poucos,
apena o suficiente para
que não demore nossa partida.
A dor é uma vida inteira.
e vem chegando aos poucos,
dominando, se espalhando pelo
espírito; mas é serena, porque
vem trazendo luz e a luz cria
espaços novos, estabelece equilíbrio
e identificação; a verdade maior,
uma parcela cósmica, um vislumbre
do intemporal.
No retorno, a descoberta, a reflexão,
o entendimento, a continuidade, a paz.
Rio - Março, 1978
STOS
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