Diz o colunista Leo Aversa, do jornal O Globo, que o movimento começou na Espanha. Com a constatação de que muitos solteiros fazem compras de supermercado em determinado horário da noite, após o trabalho, eles acharam interessante identificarem uns para os outros sua disposição em iniciar algum tipo de relacionamento. A solução encontrada foi colocar um abacaxi de cabeça para baixo no carrinho de mercadorias. Simples assim.
Se você encontra alguém que chama sua atenção e que porta esse fruto “plantando bananeira” junto a suas compras, basta dar uma batida no carrinho do seu objeto de interesse e iniciar uma conversação. Os agricultores do setor de abacaxis devem estar muito satisfeitos, porque parece que a moda realmente se alastrou.
Vale tudo para aproveitar a onda da brincadeira. A BBC News reporta que um grupo de supermercados faz propaganda na qual afirma que “as pessoas podem se encontrar em qualquer estabelecimento, mas que casamento mesmo é só no deles.”
Uma rede de televisão lançou o horário especial chamado “Caso o supermercado não funcionar”, oferecendo a alternativa de programas com filmes românticos como o “Comer, Rezar e Amar”. Até políticos se aproveitaram da novidade e fizeram a caricatura do primeiro ministro espanhol segurando um abacaxi, à procura de quem o apoie e aprove seu orçamento.
O leque na mão de uma dama, a janela na qual ela podia se debruçar, bem como a técnica de passear com o cachorrinho já foram os responsáveis por propiciar flertes, paqueras, namoros e até casamentos nos tempos d’antanho. Agora, com o supermercado transformado em aplicativo de encontros, que rivaliza com o Tinder e outros que tais, e o abacaxi ter se tornado um avatar declarado, sair do virtual e partir para a realidade pode ser bem saudável.
E por falar em cara-metade, consórcio, matrimônio e similares, esta edição da Revista do Cavalo Árabe aponta as matrizes aristocratas da criação brasileira, numa pesquisa realizada em todas as exposições Nacionais. Elas fazem parte do grupo privilegiado de fêmeas que se destacaram na reprodução de animais de excelência reconhecida. São a nobreza, a nata, uma classe a parte, que retém o poder dos genes sofisticados, requintados, que moldam a nossa tropa com distinção.
A exemplo delas, cada haras tem a sua aristocrata. A (ou as) fêmea que repetidamente produziu qualidade. Quem participou do leilão de coberturas promovido pela nossa Associação, num esforço junto com criadores diversos, pode idealizar o resultado final do cruzamento de sua aristocrata com determinado garanhão e, de quebra, ajudou a angariar fundos que, entre outros destinos, são revertidos como patrocínio de prêmios variados para as competições do cavalo Árabe.
As ofertas múltiplas de sêmen de garanhões, não só do Brasil como do exterior, são sempre acompanhadas da facilidade de se fazer pagamentos em parcelas. Casamentos daquelas éguas singulares, a fidalguia de cada haras, foram sonhados naquela noite e em breve serão realizados.
O melhor dessa abordagem é que o comprador nem precisou se valer de um abacaxi.





















