Wednesday 31 August 2011

Veio através do CBN Express no dia 16/08/11

O livreiro
Segunda-feira no Rio. Chuva repentina. As pessoas correm para se abrigar. Toldos e marquises cuidam dos mais apressados. Para quem tem um pouco mais de tempo, na hora mole que sucede o almoço, uma livraria é uma janela. Enquanto a água segue enxaguando as ruas, uma caminhada pelas seções, pelas mesas de novidades, é um modo de se afastar da correria dos passantes, e projetar-se em outros mundos. Novas temperaturas, idiomas, paisagens que se abrem nos retirando, mesmo que brevemente, de nossas agendas, calendários, compromissos.

O livreiro II
Sento-me no sofá e reparo. Mais do que folhear e ler as primeiras páginas da obra escolhida, fico atento ao livreiro que atende aos clientes. Seu apelo é cinematográfico. Seus resumos parecem um trailer que resume com notas de suspense o livro sugerido. Sua articulação é de fabulador. Conta sem contar, situa, rabisca os traços dos personagens que os fazem mais atraentes. E segredos. Pequenas confidências sobre o trabalho do autor. A carpintaria do livro. O processo árduo de sua urdidura. Aos poucos fecho o livro sobre o colo.

O livreiro III
Pelo visto dá certo. Em meia hora, a pequena fila no caixa, as sacolas nas mãos, demonstram o resultado prático de seu ofício. O livreiro é um profissional raro. Um consultor que entrega o que nem sabemos procurar. Um tateador de vontades insuspeitas. Que vende a possibilidade de nos surpreender. Não é à toa que pareça estar em extinção. Ou, ao menos, de cada vez mais soar anacrônico, em meio ao e-commerce, das mega-livrarias e lojas de Shopping Center. Como toda vocação, o livreiro não é passível de padronização.

O livreiro IV
Há uma ligação que une a cidade e os livros. O comércio de rua e o leitor. O leitor e o livreiro. Um tempo humano. Humano pelo tamanho dos passos que nos levam pelas calçadas. Pela disponibilidade de entabular conversas. De ouvir com atenção e prazer o que nos contam. O livreiro domina esse tempo. É em sua memória que busca as referências, e não raro, em suas associações mentais, entrega-nos mais do que pedimos. Trata-nos como seres cultivados. Parte do princípio que dividimos referências e que temos o gosto burilado. Ninguém que goste realmente de ler espera outro comportamento. É preciso desconfiar da própria ignorância, é óbvio, mas é preciso lutar diariamente contra ela.

O livreiro V
Evitar o livro como commodity. Mercadoria com função pragmática. Operação complexa no mundo atual, regido pela banalidade. De excessos e pouca profundidade. O livreiro é como uma âncora desses princípios. Tão ou mais necessário do que os espaços que o abrigam. Esses são vendidos, abrem filiais, reproduzem-se em franquias. O livreiro não. É feito de idiossincrasias e subjetividade. A mesma matéria que ocupa o entre capas que folheia, apresenta, e que com cuidado respeita as peculiaridades.

Por José Godoy: escritor e editor. Mestre em teoria literária pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), colabora com diversos veículos, como a revista "Legado", da qual é colunista, e os jornais "Valor Econômico" e "O Globo". Desde 2006, apresenta o programa "Fim de Expediente", junto com Dan Stulbach e Luiz Gustavo Medina. O blog do programa está no portal G1.
Entre em contato pelo e-mail zegodoy@hotmail.com

Sunday 28 August 2011

Visitas

Descobri que munido de um iPod com o tipo de music que se curte — oportunamente estamos em pleno Rock in Rio — com tempo free e sem Pânico algum, assistimos a um clipe no iPad com o Vettel e a Renault na corrida de ontem. Maiores detalhes: visitar o Google, o YouTube ou o Globo online. Nada de hot, sex, BBB ou Créu neste blog, apenas uma brincadeira para aumentar o número de visitantes!

Vendidos/Sold

Parabéns aos novos proprietários de HACHIMAN ny e HOTTEHUE ny.
Agradecimentos aos participantes da rifa beneficiente cujo vencedor foi o Haras Endurance.
Nossos melhores desejos para os potros acima e UNIDUNITÊ ny em suas novas casas.

Friday 19 August 2011

Armadilhas

Ao escolher um hotel pela internet, todo cuidado é pouco. As fotografias podem até não serem editadas, porém nunca dão a real dimensão, o poderoso detalhe. Segue uma comédia (ou tragédia?) de erros.

1. No mapa fornecido na internet, o nome da rua está escrito errado.

2. Após o check-in, hora de ir ao toalete da recepção. O local mais parece um depósito, mal arrumado, escuro, com o teto caindo, sem toalha para enxugar as mãos.

3. Há cadeado e corrente para fechar o portão da garagem. É possível usá-los por dentro. Por fora, sem chance.

4. Recebemos três chaves, uma para o chalé, outra para o cadeado, e a última delas que deveria ser do trinco do portão não funciona.

5. O chalé é escuro e frio — descobre-se depois que as paredes são de pvc.

6. Durante o dia, o sol bate apenas numa quina do banheiro e num pedacinho da cama. O resto permanece escuro e do lado de dentro é mais frio do que de fora.

7. A cor da pintura é um verde desagradável, que lembra hospitais.

8. O cheiro de umidade ataca quem tem alergia.

9. A água do chuveiro não esquenta. No dia seguinte, descobre-se que a coisa dá certo abrindo-se a torneira de água quente da pia...

10. A exaustão da lareira não funciona. Fica difícil dormir na primeira noite com a quantidade de fumaça. Na noite seguinte, decidimos: nada de lareira.

11. O vinho pedido não tem estoque. Prometem para o dia seguinte, mas não entregam. No check-out perguntam se foi bom, respondemos que não recebido — “Mas nós mandamos entregar!”

12. Não há chá na cantina para o café da manhã — embora tenha no chalé. Dizem que vão comprar. Colocam três caixas no chalé. No dia seguinte, continua sem chá na cantina.

13. O restaurante tem música ao vivo à noite e deveria começar às nove. Passa das dez e nem um acorde foi ouvido.

14. As frutas no café da manhã têm caras anêmicas... O sabor também é anêmico.

15. A pousada tem 16 anos e, pelo jeito, nunca foi reformada, pelo menos o chalé esmeralda.

De início tentamos estabelecer algum tipo de conexão, conversa, comunicação com o pessoal, mas logo ficou claro que não falávamos a mesma língua. Então, nem fizemos reclamações formais, melhor deixar para lá. O endereço da preciosidade? Pousada Toca-Terê em Teresópolis.

P.S.: O garçon Evandro é ex-ce-len-te, como poucos que se encontra por aí.

Wednesday 17 August 2011

O Terceiro Livro

Já avisei que será sobre Laura Maqui, a irmã gêmea de Rico, do haras Bonança, personagem do "Passo Trote Galope". Esta pintura do italiano  Francesco Hayez é inspiração para a história. Temos duzentas páginas escritas, ou seja, está quase finalizado. Aguardem!

Foto: spazioitaliano

Monday 15 August 2011

Mais de Gabriel/More Gabriel



A foto é de Leopoldo Coutinho, durante a exposição de São João da Boa Vista, dia 08 de agosto de 2011.
No link, outras imagens feitas por Rogério Santos. Divirtam-se. GABRIEL bfa

The photo was taken by Leopolod Coutinho on 08th August 2011. Via the link, others by Rogerio Santos. Enjoy.

Friday 12 August 2011

Passo Trote Galope


No romance, trezentos cavalos selvagens são descobertos no Brasil Central. A investigação sobre os mesmos indica que são da raça Árabe. Um mutirão de criadores vai ter que providenciar um habitat protegido para esses animais. Compre o livro com o autor, entre em contato através deste blog. É um bom entrentenimento ou presente. Basta fazer um post aqui. A remessa é feita através dos Correios para qualquer lugar do país.

Foto: sharingtravelexperience.

Wednesday 10 August 2011

Rifa

Amigos, caso tenham interesse em participar de uma rifa benemérita entrem em contato. O valor é de trezentos reais por unidade e o prêmio é a potra acima cujo vídeo segue no link abaixo.

UniDuniTê ny

Ela nasceu em 23/03/2010, filha do garanhão Emyhr Serondella (El Nabila B) e da reprodutora Candy Bar Bey (Ariseyn em égua duplo Bey Shah).

Abraços.