Todas as vezes que um aparelho aparentemente revolucionário surge, decreta-se o fim trágico de seus antecessores. Por exemplo, alardeou-se o fim do rádio com o advento da televisão. A morte do jornal com a novidade do noticiário através da internet. A extinção do livro com a invenção do leitor eletrônico. O que temos visto até então é que as novas mídias desabrocham, mas os velhos meios ainda estão vivos e quicando.
É fácil apontar os motivos principais para estas sobrevidas: um aparelho de rádio é (era!) mais fácil de transportar do que um televisor. E tanto o jornal quanto o livro não precisam da luz para existirem. Hoje em dia é possível assistir tevê num aparelho celular e, da mesma forma, ler as notícias ou um romance. No entanto, se faltar energia... Então, enquanto não inventarem uma bateria de longuíssima duração, resistem por aí, ao menos o jornal e o livro.
Na última segunda-feira a luz apagou em casa. Desliguei o computador e peguei o iPad na (santa ou idiótica) ilusão de que continuaria a trabalhar normalmente. Um clique e a mensagem pipoca na tela: a rede wi-fi não está disponível. Claro, sem energia, sem internet. Trabalhar off-line é possível, mas sem graça. Hora de arrumar aqueles livros mal empilhados na estante...
Muita polêmica há em torno da batalha do leitor eletrônico (tablet, iPad, celular, Kindl, Nook e outros tantos) versus o livro impresso. Como leitora voraz desde os sete anos de idade (O diário de Anne Frank e já ultrapassei o meio século), sou fã incondicional do papel. Qualquer argumento que eu dê aqui para justificar tal paixão pode ser refutado... exceto: ACABADA A BATERIA, SE NÃO TEM UM PONTO DE ENERGIA POR PERTO, FINDA A BRINCADEIRA.
Tudo na vida tem um porém. Viajo constantemente e livros, além de pesarem na bagagem, são finitos, ou seja, depois de um acabar, é preciso de outro na sequência. E quantos livros a gente consegue carregar na mala? Daí o leitor eletrônico é uma grande invenção: centenas, milhares de livros estão armazenados ali, naquele objeto que não tem mais do que 110gr! Sendo que um livro pequeno vai pesar em torno de 250gr...
Então, se a pergunta é: um ou o outro? Eu digo: os dois!!!
foto: depositphotos
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