Ser teu pão e teu champanhe
Quero ser noite de tempestade,
Te ventar, acordar, alucinar.
Quero inquirir, importunar.
Ser a pedra do teu sapato,
Incomodar.
Quero te conquistar todos os dias.
Ser teu banho e teu calor.
Quero ser dia de quarenta graus,
Te queimar, embalar, adormecer.
Quero esclarecer, mostrar.
Ser a luz que te ilumina,
Clarear.
Quero ser duas em uma:
A que sacode e assopra,
A que morde e lambe,
Pororoca e calmaria.
Como a água que afoga
E a água que mata a sede.
© Nancy Lustosa Barros (Rio
– 020687)
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