É
tudo em família
Por outro lado, o futuro é hoje e o aprimoramento é tarefa diária. Com a informação e a tecnologia avançada à disposição, ao toque de um dedo, as possibilidades de escolha são incontáveis e a evolução da raça é favorecida pelos horizontes que se abrem.
A nossa matéria-prima sai dos ricos armazéns das famílias de cavalos produzidas, desenvolvidas e preservadas pelos beduínos dos desertos séculos atrás, batizadas de Saklawi, Kuhailan, Hadban e outras; ou nas características dos sangues polonês, russo, Crabbet, doméstico americano, espanhol e egípcio.
Na criação, o evento da transferência de embrião intensifica hoje, mais do que nunca, o sentido de família. Éguas que se mostraram fantásticas matrizes recebem o que há de melhor no mercado de garanhões e um cruzamento comprovado pode ser repetido à escolha do freguês, e os resultados estão mais rapidamente ao nosso alcance.
Qualidades como amplitude de costelas, refinamento, ossatura, disposição de espírito e outras tantas podem ser impressas e perpetuadas com uma velocidade nunca vista.
Tudo aquilo que vinha sendo feito no compasso de um ano, na espera pelos onze meses de gestação, acelerou-se. E o que mais virá além do ultrassom, da pipeta flexível, da clonagem? Espaço infinito para especulação.
O importante é não perdermos o foco: o cavalo e a nossa relação com ele, muitas vezes um membro da família.
E nessa hora em que as realizações do ano que se finda estão na bagagem, nossos olhares procuram os novos caminhos: o futuro está bem aqui na nossa frente. Nos sorrisos rasgados que vêm balançando acima do lombo de um cavalo, vestindo pequenas botas, chapéus de caubói, lenços nos pescoços. Os pés mal alcançam os estribos, às vezes as mãos se agarram ao santo-antônio... E a plateia bate palmas, entusiasmada. Que eles saibam apreciar a raça de cavalo que escolhemos e possam levá-la adiante com a mesma dedicação, segundo as recomendações que atravessaram tantos séculos:
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