No sultanato Triplo B, rei Artur e sua rainha Carla eram os soberanos. E lá, como em todo o reino sobre a face da terra, as intrigas palacianas fervilhavam. Desde o mais humilde serviçal até o mais bobo da corte, príncipes e princesas, nenhum deles escapava. Para apaziguar a ânsia do povo sofrido, uma vez por semana um deles era escolhido para ser guilhotinado, dependendo de seu comportamento.
Havia uma ou outra história de amor, bromances, romances. Eu assistia com o sorriso nos lábios o desenvolvimento de uma paixão. Uma princesa linda, maravilhosa (tinha seus defeitos, sim, mas no geral, muito bacana) estava de quatro por um príncipe menor, de um condado meio chucro, ele mesmo meio gauche, mas feito bonito pelos olhos dela.
Víamos que a atração era unilateral, mas a torcida pelo casal, grande. Até que o príncipe torto fez um comentário homofóbico, um grande amigo dela ficou ofendido, sendo gay e iniciou um forte movimento para que o príncipe fosse um dos indicados à forca. O rapaz, pego de surpresa, não perdoou a princesa por não tê-lo avisado daquele golpe. Considerou-a traidora!
No frigir dos ovos o príncipe escapou do sacrifício final e indicou a apaixonada menina à morte no paredão. Ela não esperava por isso. Foi como uma faca enterrada em seu coração. Eu também me choquei. A princesa acabou por ser eliminada do reino e eu desisti de acompanhar as peripécias daquela corte. Terminou todo o romance para mim. Eu mesma me senti traída.
Tornei-me seguidora apenas das notícias do que a princesa manda e fiz uma doação recomendada por ela.
Triste.
Agora eu lhe pergunto: considerando-se que o príncipe chucro tem um brother do coração e imaginando-se que este fosse votar na princesa para ir ao sacrifício, teria ele, sapo cururu, da lagoa, contado a ela das intenções do brother? Pimenta nos olhos dos outros é colírio!
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